4 de dezembro de 2006

...e tudo começa...

...e tudo começa quando a insanidade começa a ganhar forma... Tudo se torna opaco e impreceptivel...

...é quando o prazer se tranforma em dor, a dor em sofrimento, o sofrimento em agonia, a agonia em raiva, a raiva em ódio...

Consegue facilmente destruir os frageis alicerces que ergui na tentaiva desesperada de recomeçar. Basta não fazer nada, e a sua impenetravel indiferença esmaga-me o peito.

Vou-me destruindo vagarosamente, enquando tento pela é-nésima vez compreender aquilo que está para lá da minha compreensão. São como socos no estomago, socos que nos expulsão o ar dos pulmões, socos que nos deixam em extase.

... e eis então que o sentimento de derrota parece chegar lentamente, e quando pensamos estar no fundo, é quando a maior queda se dá.

Já não há forças, ja não orgulho.
Já não há vontade, já não há motivo.

Sinto lutar pelo objectivo certo, mas pelas motivações erradas. Arrasto tudo comigo para este breu interno, que está instituido em mim.

Fechado nestas quatro paredes, procuro conforto na palidez da tinta. É uma cor morta como a minha vontade. É o frio que me vai mantendo os sentidos despertos, é a luz que me vai prendendo ao mundo real, é a musica que me aperta a alma até conseguir espremer um lágrima, que corajosamente cai seguida por outras, tão destemidas como audazes como a primeira, lavando assim o rosto sujo do pó que a tristeza acomulou. Respiro lentamente para não me afogar...

É consolo encarar como castigo todo este ambiente depressivo.

É por isso que sinto todo este ódio...