Quem é este que vejo ao espelho?
Não sou eu.
Que é isto que escorre pela minha cara?
São lágrimas.
Que querem elas levar?
O ódio.
Mas ódio de que?
De mim.
Mais uma vez falhei, para não variar, mais uma vez me dei mal.
Estou num limite de rotura. Nada parece fazer sentido. É enlouquecedor o tic-tac do relógio.
Sinto que tenho de baixar os braços, não por quem merecia que eu me mantivesse na luta, mas sim por quem eu não quero magoar.
Não voltarei a ser pisado, pelo menos como tenho sido toda a minha vida. Para já é tudo que posso fazer.
Morre agora aqui aquele que nem chegou a nascer, antes que a insanidade se apodere de mim.
Preciso de um ânimo extra, preciso de ter algo em que me agarrar, preciso de paz e harmonia, preciso de me sentir amado.
Preciso de conseguir dormir descansado… e é isso que vou fazer.
1 comentário:
Por momentos olhei para a paisagem que leio neste texto... um pano escuro como breu sem luz ou nada que o ilumine, um ponto, uma saída, uma sombra... Desviei o olhar, isso não é paisagem, não é nada por onde se deva olhar... qualquer preto que se aviste tem sempre um branco para o iluminar... ou se não o vemos há que o procurar... procura-o...Tantas vezes que como tu so avistava preto e no entanto, hj dá para ver um ponto branco, uma saída, em tudo...Procura-a que acredita que ela está lá...
encontraste-a??
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