21 de março de 2007

E o meu encanto foi-se!

Observo as luzes que iluminam a vitrina. O fumo do cigarro atravessa-se pelos meus olhos sombrios.

São oito da noite, e eu pareço estar bêbado, outra vez. Os pensamentos estão turvos e a cabeça está latejar.

Por vezes penso que nunca mais poderei amar ninguém da mesma maneira que te amei. Sinto que onde terminas, é onde eu começo. Sinto que és como um rio que corre por todo lado.

Levem os meus olhos e o meu coração pois não preciso mais deles se eles nunca mais poisarem sobre aquela que amo.

Um copo para relembrar, outro para esquecer, como pude eu sonhar que um dia apareceria alguém para te substituir, mas a verdade é que até parece possível.

Mais um copo para relembrar e outro para esquecer.

Por vezes penso coisas impossíveis, enquanto o sol se recusa a brilhar. Hoje acordei com outra pessoa ao meu lado, mas as mãos dela estavam frias, e a cama vazia.

E é quando digo:

“Olhe desculpe, por favor chefe, sirva-me mais um copo, pode ser mais forte, pois não preciso de pensar. Ela partiu-me o coração e eu perdi o meu encanto… sirva-me mais um que depois eu vou andando…”

Sem comentários: