Finges que ninguém pode achar as ilusões de uma rosa da manhã ou da fruta proibida.
Sinto-me encoberto pelas crenças cegas que fantasiam as tuas telas cheias de pecado.
Tolera os factos, assume uma cor, termina as promessas, não precisas mais de mentir.
Vive a vida e deixa viver…
Quem sou? O quê e por quê? Porque tudo o que me sobrou são as recordações de um ontem qualquer. São tempos ingratos e azedos.
Depois de um tempo o gosto amargo da inocência e decência, as sementes espalhadas, vidas enterradas, não são mais que mistérios dos nossos disfarces… mas a circunstância decidirá…
Varreste-me para longe de teus pés?
Recompuseste-te em pedra por essa crença absurda?
Olhos cheios de um pigmento sórdido. Não desesperes, pois este dia será o dia mais amaldiçoado, se me tirares essas coisas de mim.
Foste tu que alimentaste os contos com mentira, escondendo as línguas que precisavam de falar.
Mentiras subtis e uma moeda manchada… a verdade foi vendida, o pacto está feito, mas não desesperes.
Sem desafiar, sem sinais de regresso, o teu orgulho engolido assume o devido respeito.
O teu dia chegará, mas este dia é o dia mais amaldiçoado, por me teres tirado todas essas coisas de mim.