29 de março de 2007

Efeitos placebo!

Finges que ninguém pode achar as ilusões de uma rosa da manhã ou da fruta proibida.

Os teus olhos escondidos fazem referência ao que tu mais desprezas em mim.
Sinto-me encoberto pelas crenças cegas que fantasiam as tuas telas cheias de pecado.
Tolera os factos, assume uma cor, termina as promessas, não precisas mais de mentir.

Vive a vida e deixa viver…
Quem sou? O quê e por quê? Porque tudo o que me sobrou são as recordações de um ontem qualquer. São tempos ingratos e azedos.

Depois de um tempo o gosto amargo da inocência e decência, as sementes espalhadas, vidas enterradas, não são mais que mistérios dos nossos disfarces… mas a circunstância decidirá…
Varreste-me para longe de teus pés?
Recompuseste-te em pedra por essa crença absurda?
Olhos cheios de um pigmento sórdido. Não desesperes, pois este dia será o dia mais amaldiçoado, se me tirares essas coisas de mim.

Foste tu que alimentaste os contos com mentira, escondendo as línguas que precisavam de falar.
Mentiras subtis e uma moeda manchada… a verdade foi vendida, o pacto está feito, mas não desesperes.
Sem desafiar, sem sinais de regresso, o teu orgulho engolido assume o devido respeito.

O teu dia chegará, mas este dia é o dia mais amaldiçoado, por me teres tirado todas essas coisas de mim.