28 de novembro de 2007

Diz-me!

Diz-me!
Diz-me que dia é hoje! Para variar estou perdido e só tu para me deixares mais desorientado
Diz-me que horas são! Estou atrasado para viver e tu pareces querer-me fazer mais lento.
Diz-me que lugar é este! Quatro paredes pintadas de vazio que tu não queres preencher.
Diz-me com o que sonhas! São ternos momentos ou são ardores reais?
Diz-me onde vais e se me levas contigo!
Diz-me se me viste, hoje, de olhos fechados!
Diz-me qualquer coisa!
Diz-me quem sou eu! Sabes bem que não sou aquilo que tu julgas que sou.
Diz-me quem és tu! Não sei porque mas para esta acho que não tens palavras para esta.
Porque não me dizes o que tanto te agonia a garganta? É teimosia? Tantas vezes, tantos dias, por causa de tantas teimosas, perdemos a oportunidade de ver de outra maneira o que nos rodeia.
Porque não vês que tanto repúdio, tanto desdém é porque há algo preso dentro de mim?
Diz-me se ainda me reconhecerias se me visses!
Diz-me se há em ti, vontade de te perderes em mim!
Diz-me se sentes a minha falta quando me deixas!
Diz-me tudo o que queres dizer, tudo o que de bom e de pior, por mim tiveres dentro de ti!
Diz-me que não ficas calada!
Diz-me!

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