14 de agosto de 2007

Andarilhos Gigantes

Todos os dias me apercebo melhor o quanto são complicadas as entranhas da amizade e do amor. São sentimentos que por vezes têm o poder de abalar os alicerces de qualquer estrutura, por mais sólida que seja. São como andarilhos gigantes que tão facilmente nos enaltecem, como nos proporcionam grandes quedas. A tradicional faca de dois gumes.

Hoje, longe de tudo, numa terra tão familiarmente desconhecida, luto por me abstrair daquilo que me corrói, mas ainda não inventaram o botão “on/off” para o nosso pensamento e por isso mesmo a minha mala veio tão pesada quanto o ambiente que deixei no meu quarto.

Sinto-me demasiado inocente para este mundo de sentimentos selvagens que atropelam tudo e todos, sem nunca olharem para trás e nesse aspecto eu fui cilindrado! Estou cansado desta vida que levo, preciso de estabilidade emocional, estou exausto de ser um objecto de diversão, de ser olhado como um corpo. Começo a ficar saturado de sexo por sexo, preciso de alguém que me queira guardar o meu sono, eu só quero alguém que me queira acariciar e ser acariciada, uma pessoa que me queira amar por aquilo que sou e não por aquilo que ostento.

De facto mais vale sofrer-se junto do que ser feliz sozinho, isto porque ninguém é feliz sozinho.

Estou a lutar contra a minha própria sombra… (1 Agosto de 2007)

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